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26 de jun. de 2007

 
Galhos entrelaçados

Fruto da mais absoluta incerteza
O correto em meio aos berros
Alimento na copa de altos cedros
Perfumados eucaliptos de pura inocência

Da virtude da paciência brotam flores
No inconsciente da imaginação
Único senão do paraíso inconformado
Árvore serrada da razão
Planta, tronco e membro da realidade
E o filho pródigo da Natureza, bastardo.

20 de jun. de 2007

 

16a17


Zumzum. Pernas pra lá, pra cá. Burburinho, cantorias, conversas, olhares direcionados, olhares atravessados, fumaça de cigarros, espuma de cerveja. Intensa mistura, e pra lá e pra cá.
Cardápios simpáticos, nomes engraçados, uma rua, meia lua inteira, e uma mesa reservada por acaso, pronta para servir-se de um metro dos grandes.
Fotos e poses, rostos bonitos, felizes, sorridentes, mostarda preta, luz negra, casacos e celulares, pele e toque.
Sem carros na garagem, escadas, luzes submarinas, frio, calor, cobertores com bolinhas, através do espelho. Sono e torpor, vigor e amor, incendiados por velas coloridas e laços de fita.
Borboletas de metal batendo asas, dados rolando, peças de roupa caindo como castelos de cartas, olhos castanhos e verdes brilhando em arco-íris.
Sol através da janela, gritos alaranjados, água fria fervendo, passos aéreos, cores e tintas. E um dia começando ao meio-dia. Cansaço... e alegria.

13 de jun. de 2007

 

doze tardio

De relance, a a lâmpada do scanner em movimento sugere a fugacidade de uma estrela cadente. Nem sempre temos um pedido pronto para fazer. E assim pedimos o que vem à cabeça mesmo, e quase sempre é algo que temos, e queremos mais. Como um pouco mais de batatas fritas ou assadas, conforme seu gosto.

Como acessório ao pedido das batatas, desejo que o cheiro que senti no ar continue por mais uma semana. Cheiro de areia de praia, recém-seca pelo sol do fim da tarde, aroma de dias lá atrás, dias de frente para o mar, no qual em nada se pensa.

Peço ainda que teu hálito se misture a esse ar, e me leve quente e suave à brisa que sopra de tua boca. Aliás, beije minha boca agora. Este não é mais um pedido, mas uma ordem, uma súplica, uma obviedade.

Tudo que preciso.

5 de jun. de 2007

 

O monstro







Minha capa para uma nova versão imaginária do Monstro de Frankenstein, que pode ser encontrada na Biblioteca do Sonhar, aos cuidados de Lucien.



Na releitura, Mary Shelley, a própria criadora, apaixonaria-se perdidamente por um sem-teto feito de retalhos de sofás lançados fora após a maior enchente do ano.



Boa semana e sonhos.









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