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22 de dez. de 2007

 

Muitos passarão. Vocês passarinho.


Lembro dela dizendo o quão melhor seria se pudéssemos partir como passarinhos.

Ou como balão, que sobe ao céu sem estrondo, sem ardor, mas com vida, deixando os corações mais coloridos.

Dois amigos queridos se foram. Em tempos diferentes, mas é como se tivessem ido ao mesmo tempo, pois o vazio que ficou, persiste, independentemente de ponteiros girarem.

A força e leveza de ambos, o amor pela vida, a graça que viam nela, reconhecível pelas palavras e canções que emitiam, em contraponto às prisões físicas, que, de uma forma ou de outra, as limitavam, conectam esses dois.

É tão difícil evocar uma energia libertária que diga algo útil, algo prático e bonito que ambos mereçam como homenagem justa e verdadeira. Mas tento dizer aqui a falta que fazem, a saudade que ficará, e o prazer de tê-los conhecido, de ter com eles convivido.

Espero que conheçam-se no Céu. Fiquem com Deus.

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