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25 de jul. de 2010

 

Atualizando com ela

À minha volta, a mais bela das criaturas flana, e eu apenas escrevo, sorrindo e errando as letras num teclado cheio de bichos e cores que berram e urram embaralhando a leitura.

Ela guarda artigos num armário trancado por uma simpática flor e diz para eu não me preocupar, porque ela está do meu lado.

É a pura verdade. Eu não me preocupo. Eu sigo teclando, e todos os tempos unem-se num só momento. O passado, o futuro, linha única corrente pra trás e pra frente do espaço-tempo nunca-continuum.

É uma experiência. Algo tal como gosto. Nada original talvez, mas faz cócegas na caixola quando respiro. E respiro muito durante o dia. Agora, porém, é noite, e faz tempo que não passo aqui. Seria bom encher de palavras esta nave à deriva, como um rio que precisa de água para os peixes nadarem.

Palavras são segundos enfileirados, símbolos de paisagens que surgem das lembranças que temos delas mesmas. Me despeço das palavras por enquanto, sumo num abraço, e parto num salto de olhos vendados para um sonho.

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