29 de ago. de 2008
rima rarefeita
E o que é, o que é? Coceira no nariz, frieira no pé?
São frisos fantasmas no meio da madrugada.
O frio na calçada, a carteira de camurça preta desvencilhando-se dos grãos de areia que teimam em se esgueirar para fora dos rejuntes dos paralelepípedos.
São frisos fantasmas no meio da madrugada.
O frio na calçada, a carteira de camurça preta desvencilhando-se dos grãos de areia que teimam em se esgueirar para fora dos rejuntes dos paralelepípedos.
É a volta para casa. A renúncia do cansaço nas pisadas magras e constantes sob as luzes desafiadoramente fortes da entrada da cidade.
São curvas que mentem e retas que nublam a visão de tão longas e persistentes. É a desistência na carona, a covardia do transporte mecânico, a pechincha de chegar logo, cedo e tarde ao mesmo tempo.
É a chave estranha flutuando sobre a fechadura, o anunciar de um sol raiando em seguida. São debates na tevê e massa assando no forno.
Não é nem porquê, é saber, é sentir, escrever, ver e ser.
Não sou eu, nem você, nem rimas. É apenas começar. Novamente a paz.
11 de ago. de 2008
Eu viro o Hulk
Eu disse que VIRO O HULK. Não que VI O HULK. Até gostaria de ter visto filme, aliás, para verificar se a transformação física (nos dois sentidos) do Dr. Banner ainda ignora as leis físicas que regem a elasticidade das calças do Dr. Banner.
Se, nos anos 70, época do seriado de tv com o Lou Ferrigno, que inspirou esse novo filme, a Lucra, digo, a Lycra, ainda não tinha sido inventada, a futura inspiração veio das calças roxas do Dr. Bruce { adaptado para a tv como David - pois Bruce tinha conotação homossexual (?) } Banner, nas quais cabiam perfeitamente as pernas do gigante esmeralda!
Bom, finalmente entrando no assunto, eu VIRO O HULK por causa da Google. Ou por causa da Microsoft, ou de ambas as megaempresas megalomaníacas.
Afinal, faço questão de dizer que poucas coisas me tiram do sério (or not?) , e talvez a principal delas seja a enorme burrice das máquinas. Burrice não, que é maldade com animal tão sofrido. Vamos chamar de inguinorânça.
E, na verdade, não são as máquinas (leiam-se pcs) inguinoranties, mas tão somente e completamente seus programadores.
E não são os programadores todos inguinorantes. Do contrário não seriam loiramente ricos e nem extravagantes o suficiente para inventar seu próprio Apocalypse financeiro* ao imaginarem-se yuppies tardios em Wall Street.
Inguinorantes, meus brasileiros e brasileiras, são apenas os programadores do Gmail (e Windows, que entra na bronca pelo conjunto da obra), que conseguiram me tirar do sério a ponto de eu espanar o pó desse blog urbano para asfaltar uma reclamação que ainda não encontrou eco no mundo internético. Que reclamação é essa? Próximo parágrafo:
Eu, que tenho sido um cliente (also known as beta-tester) fiel do Gmail há anos, passei a ter algo do que me queixar. É que há semanas ele fecha a porta na minha cara, como sua amiga que passa a interpretar seu "Oi" como um "Posso te comer agora?".
O motivo da minha transformação em gigante verde, espumante e raivoso é a bizarrice do gatilho de toda essa história: Quando eu pressiono a tecla "del" (hábito meu na escritura de mensagens no Gmail) por um segundo ou mais, o Gmail fecha.
E, como a minha esplendorosa Mel disse mais cedo, "O mundo é esquizofrênico", ou seja, às vezes não é só o Gmail que fecha. Tem horas que todas as janelas do infeliz do Mecha Microsoft Internet Explorer 7.xxx fecha junto. E danou-se!
Pesquisei (no próprio causador do problema, o grrrrogle), mas não encontrei nenhuma alma companheira para esclarecer a falha ou... fundar um VGA. Não o monitor, e sim o 'Vítimas do Gmail Anônimos'.
Melhor ver o filme do gigante esmeralda pra acalmar um pouco. Não estou vestindo nada de lycra.
* A bolha das Pontocom, lembram-se?