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19 de ago. de 2009

 

Quase-Manifesto pela Ficção-Científica


O futuro jamais chega, mas virou tendência decretar a morte das visões ficcionais de futuro, sob o pretexto de que não há mais nada a ser criado ou imaginado que já não esteja previsto nas mirabolantes teorias quânticas e unitaristas.
'No future', lema dos Sex Pistols décadas atrás, parece ecoar novamente nos niilistas travestidos de realistas. Estes dizem agora que tudo é possível, mas não sabem o que esse 'tudo' será, obviamente. E sentam-se em suas cadeirinhas de balanço enquanto esperam a ciência seguir seu curso.
Mas a ciência é feita de ideias. E a Ficção-Científica pode ser um manancial para a ciência, pode criar desafios, objetivos para os cientistas.
Ou pode, simplesmente, ser escapismo, histórias cheias ou vazias de esperança. No homem, na ciência, no divino.
Como entusiasta dessa forma de ficção, enxergo um 'futuro' magnífico pela frente, onde, além de máquinas maravilhosas que viajam no tempo, no mar e no centro da Terra, haverão histórias em que os homens estarão dentro e fora dos limites do universo, do tempo, daquilo que separa eu de você, na linha tênue da individualidade, do existir, do significado de ser.
Autores marginais, há algum tempo, provocam tais limites, e, atualmente nos quadrinhos, autores como Warren Ellis e Grant Morrison espalham as sementes para a iluminação de questões éticas e práticas que permeiam tabus, como engenharia genética e dimensões paralelas.
Se o celular, o teletransporte, o avião e outras invenções, antes de implementadas, foram criadas na ficção pela mente de escritores, quais serão as ideias escritas hoje que se tornarão realidade nas próximas décadas e séculos?
Peguem seus lápis e teclados e decidam.

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