17 de jul. de 2006
Madrugada Mágica
Madrugadas mágicas.
São aquelas nas quais você desperta sem motivo aparente. Apenas abre os olhos, e parece que algo te incomoda. Você vai ao banheiro, acende a luz, lava o rosto, e o sono não volta. Passa na cozinha, abre a geladeira, mas está sem fome. Você então volta para cama, e se está lúcido o suficiente, liga a televisão.
E abracadabra.
Zapeando, chega à sessão Fim de Noite do SBT - um filme começando, e parece daqueles bobos, água-com-açúcar. Num voto de confiança, e deixa o filme rolar, e ele se chama “Apostando no Amor”.
Na tela, 4 jovens fuzileiros, os “4 Bs” (pelo fato de seus nomes começarem com a letra), buscam uma companhia para uma festinha criativamente cruel.
Um dos milicos é um jovem um tanto taciturno, que se mostra comunicativo por força das circunstâncias, e de sentimentos anestesiados, e ele conhece a jovem Rose, garçonete na lanchonete da mãe.
O relacionamento deles começa numa mentira, termina abruptamente em desastre, mas consegue uma sobrevida cuja dignidade acalenta o filme, tornando-se uma autêntica love story.
Um diamante bruto, o filme toca em questões duras, como a solidão e a necessidade de sentir-se amado, e também a crueldade humana e a insensatez, tratadas com agradável delicadeza, torturando-nos sutilmente ao mesmo tempo em que nos emociona com o drama da relação do casal sob o pano de fundo do estouro da Guerra do Vietnã.
E se o filme tem tais qualidades, elas se devem à Lili Taylor, que sustenta uma doce e realista Rose, e, principalmente, a um ator que, ainda que você não lembre, representou os jovens de uma geração, ao encarnar a perfeita relação entre a esperança e a melancolia:
River Phoenix.
Seu talento cativante e um carisma hipnótico ajudaram a mostrar ao mundo personagens incompreendidos buscando um lugar no mundo. Personagens, que, não importando a condição em que se encontravam, guardavam algo puro em suas almas.
River Phoenix foi comparado à James Dean, pela identificação com a juventude de sua geração e, infelizmente, pelo fim precoce e trágico.
OBS: O nome original do longa é “Dogfight”, um termo militar originado na 1ª Guerra Mundial, que descreve uma tática onde uma aeronave posiciona-se atrás de uma outra inimiga, de onde pode atacá-lo sem ser atingido. No filme, é o nome da “festa” que os fuzileiros promovem.
3 de jul. de 2006
Jornal do Nexa
Putz! A imagem acima não ficou nítida no post. Para ler e vê-la com todo o detalhismo, clique nela, ok? Ah, e se a imagem abrir pequena, leve o cursor do mouse até o finzinho dela, que aparecerá um comando para expandir a imagem. Valeu! ;)
Essa coisita impregnada de fastio que escrevi, construí, picotei e tentei deixar legível é um réquiem do sonho do hexa. Só em 2010 verificarei a minha tese de que o povo gritará "Meia-Campeão" ao invés de Hexacampeão!
E vamos rolando os clichês futebolísticos... Bola pra frente!