.comment-link {margin-left:.6em;}

25 de jul. de 2007

 

Domingos na quarta


Domingos de Oliveira, dramaturgo e cineasta brasileiro.
(Último filme: "Carreiras", ainda nos cinemas (espero)
-Caricatura em caneta esferográfica e photoshop- 25/07/2007 -

18 de jul. de 2007

 

Promoção!



Finalmente recebi pelo correio o cd "V" da banda de metal Symphony X. O porquê de eu chateá-los com isso? Bom digamos que vivi uma versão menor do "Processo" de Kafka.

Tudo começou quando voltei a acessar o site Território da Música, em cujos concursos de cds e brindes musicais naveguei muito anos atrás. Atingido pela nostalgia, participei da promoção que premiaria os cinco vencedores com cds da banda Symphony X. Inclinado a conhecer a banda, acabei vencendo o concurso.

Comecei a esperar o pacote pelo correio, então. Depois de quase um mês, recebi um email do site me pedindo para atualizar o cadastro, caso contrário nada de prêmio. Atualizei. Com as mesmas informações praticamente. Só alterei o complemento do número, de loja para apto, o que, obviamente, nem para eles ou os Correios muda bulhufas.

Daí o tempo correu e ainda nada de cd. Já havia me desligado disso quando atendi ao entregador dos Correios hoje. Assinada a linha pontilhada, lá estava meu cdzinho esperado. A embalagem só estava um tanto mole demais. Aberta, a descoberta: Cd ok, encarte ok, adesivo do site ok, e papel apresentando o prêmio ok. Hã.... ok?

Na verdade, estava faltando a embalagem do cd! Sim, veio tudo, menos a embalagem. Daí pensei em contenção de despesas por parte do site, para reduzir o peso da correspondência, em proibição pelos Correios do envio embalagens plásticas, em nova filosofia do site, dispensando plásticos, que são nocivos ao meio-ambiente, e até mesmo no esquecimento da gravadora, que enviou o cd assim mesmo.

Depois de muito navegar na maionese, morri na praia, mas o papel de apresentação do prêmio deu uma dica interessante: "O conteúdo deste pacote não tem nenhum valor comercial".
Bingo! Com receio de que eu vendesse o valiosíssimo cd, enviaram-me sem a embalagem acrílica. Vai que eu pirateio a embalagem?

----

@#$$%%¨¨ à parte, estou escutando o álbum enquanto escrevo. Interessante, apesar de eu não ser exatamente um distingüidor experiente de uma banda pra outra nessa vertente de música. Para isso há o Fábio, hábil conoisseur e degustador de metal. Ô Fábioooo...

9 de jul. de 2007

 

Entremeios

É uma palavra estranha: Entremeios.
Mas chega um momento em que você se dá conta de tudo o que houve. Sabe, clareia. Tudo passa a fazer sentido. Graças aos entremeios.
Quando estamos nos entremeios, porém, o sentido é como fumaça, impossível de guardar.
Há um antes, há um depois. O meio é aquele que fica deslocado. O terceiro. Aquele que se intromete. Não tem a força do início, nem a cerimônia do final. Está lá, não por acaso, mas sempre menosprezado, por sua própria natureza.
Ou será que não? Pense num casal de namorados, e um deles possui um irmão. Sendo o irmão o meio (não confundir com irmão do meio), não importa o que aconteça, ele estará sempre deslocado, vela que é.
Esse é um blog de família, não levantem a hipótese de menáge...
Enfim, entremeios. Já disse alguém, e muito bem dito, que toda boa história tem um fim. Pode nem ter um começo, mas a da qual eu falo teve. Um promissor. Estou falando de Sandman. O 'alguém' é o escritor de Sandman, Neil Gaiman. E o entremeio a que me refiro é Sandman nº 74, que acabei de ler.
Num conto poético e aparentemente inofensivo sobre um ancião asiático, conselheiro de imperadores, que é enviado em exílio por causa do crime de seu filho, temos um momento de meditação, a uma edição do fim da série de Sandman. Esse momento ocorre logo após Sandman falecer(isto eu sei, apesar de não ter lido ainda tudo o que veio antes), mas se passa antes dos eventos que levariam o Mestre dos Sonhos à morte.
Numa breve conversa com o ancião, Sandman parece guarnecer-se de um conselho que definirá seu destino. Ao menos o destino do ser que ocupa a função de Tecelão dos Sonhos naquele momento, este também o entremeio de outra história (são histórias dentro de histórias).
Estive pensando sobre entremeios, portanto. Sobre histórias e como elas passam por nós como vento, e como grãos de areia são levadas a outros olhos e ouvidos. As histórias são todos esses fins, começos e entremeios. Elas navegam e voam e se transformam.
Como no dizer do ancião: ..." e nada realmente se perde".

This page is powered by Blogger. Isn't yours?